Esgotamento Espiritual

Existe épocas em nossa vida que encaramos a nós mesmos, em relação aos semelhantes, e acabamos vendo algumas irregularidades... mais na vida dos outros que nas nossas! Sei lá, parece que não conseguimos fugir dessa tendência. Assim como Adão culpou Eva por ter oferecido a fruta da Árvore e não reconheceu que a comeu por sua própria vontade, assim somos nós: vendo erros e jogando os fardos em outras pessoas, menos em nós. Quando estamos assim, a barreira que divide nossa permanência em pé da queda é muito limítrofe. Parece que muitas vezes somos os únicos que fazemos as coisas, e só fazemos, fazemos, fazemos... E depois usamos isto como ponto de confronto contra os outros.

Sinais como estes são o que chamamos muitas vezes de esgotamento (ou cansaço) espiritual. É fazer algo até não restar mais forças, não ter mais nada! Mesmo. Tão normal (infelizmente) com pastores, líderes, obreiros... Não vou mentir, me incluo nisto também.

O cristianismo hoje, em muitos locais e mentes, tem uma visão totalmente distorcida do que era originalmente. Já percebeu como existem igrejas enormes, mas vazias hoje em dia, como os responsáveis pelo avivamento europeu, por exemplo (exemplificação queridos!)?. A liberdade foi substituída por regras; a redenção foi trocada pelo esforço nas próprias obras pra se conseguir a salvação. O relacionamento íntimo e sincero com Deus foi reduzido a um sistema de: mandei-Deus-então-faça!!! São coisas que não dão espaço para algo muito sério: que Deus é Pai e somos filhos.

Dois exemplos são necessários, os dois envolvendo pessoas que se achavam os tais: Elias e o irmão do filho pródigo. Elias, quando confrontou e venceu os profetas de Baal (1Rs 18:20:40), numa das maiores e milagrosas vitórias que já vi (parece coisa de desenho japonês o negócio! o.0), de repente é ameaçado por Jezabel e fica praticamente pedindo pra morrer!!! Estou sozinho (1Rs 19:10)!!! E não estava, hein? Muito estranho...
Quanto ao irmão do filho pródigo (Lc 15:11-32), se achava tão superior que quando o irmão dele foi restituído, a única coisa que soube fazer foi criticar e mostrar o quanto ele era bom, apontando os erros do irmão, e não amando seu retorno, numa expressão de falsa humildade própria e de amor pelo pai...

Ambos tem algo em comum: esquecem que o amor de Deus é para todos, sem distinção. Sabe queridos, acabo vendo que o principal sinal de esgotamento é deixar de receber aquilo que Deus tem pra nós e no final acabar querendo que os outros também não recebam, pois são falsos, são imaturos, não trabalham pra Deus, etc... Esse é um erro muito grave.

Agradeço ao Dani pela série de estudos “Pulso Firme”, porque são fatos reais. Mas nem por isso ele usou deles como forma condenativa para que o povo trabalhe, mas que tenha seus olhos abertos pra Obra. Assim é que deve ser. Amarmos uns aos outros, nos edificarmos mutualmente. Não há a necessidade de dar tudo que temos pra trabalhar, mas sim Deixar com que Deus opere através de nossas vidas. Esse sempre foi o mais importante. Se Elias tivesse parado pra pensar que tinha homens de Deus em jejum e oração, e o irmão do pródigo visto que Deus estava restaurando a família, não precisariam passar pelo que passaram.

Que Deus nos conceda graça e misericórdia para entendermos nossa natureza e sermos ainda melhores, sem sermos legalistas e/ou fariseus, mas cheios de fé e amor, perdoando sempre, pois isso nos impede de que venhamos a cair. Deus te abençoe amado(a), com uma unção sobrenatural, para trabalhar e para amar, conforme nosso Amado Mestre e exemplo maior fez, e ainda faz, nessa terra!

See ya! Jef!!!

P.S.: Leitura obrigatória: Esgotamento Espiritual, de Malcolm Smith! Sincero, humilde, cristão. Tente encontrar e você vai ver a diferença!