Gravidade

Plano de Leitura:
Terça: Hebreus 5,6,7,8
Quarta: Hebreus 9, 10, 11, 12 e 13


"Essa coisa chamada gravidade é uma forma de puxar as almas para as profundezas da Terra... É a verdade...”
(Amuro Ray - MS Gundam)

A primeira vez que ouvi essa frase refleti pela sua lógica – é pra isso mesmo que a gravidade serve, ‘puxar pro centro’. Mas pelo lado poético que o contexto a trazia (as almas), pude entender que a coisa é mais profunda que essa lógica... e ao mesmo tempo, me senti ministrado por ela. Você já se sentiu ir a níveis mais profundos em Deus, tanto no espiritual como no natural, mas ao mesmo tempo preso por algo, ou acha que as coisas são tão grandes que são impossíveis de serem alcançadas?! Ou que você crê nas promessas de Deus, mas acaba se cansando de esperar seu cumprimento? É a “gravidade”...

Existe uma música do Delirious? que fala assim: “A gravidade está a me puxar, mas o céu está a me chamar”, e creio nessa verdade também. A “gravidade” nada mais é que tudo aquilo oposto a nossa determinação de subir e continuar subindo. São as forças contrárias àquilo que nos pode dar asas pra voar - o desânimo, os questionamentos, a dureza de coração... são tantas as coisas que fica difícil “catalogar”. Talvez o exemplo mais conhecido seja o de Asafe, no Salmo 73, onde se começa com louvor, se desmancha em questionamentos, mas ao fim o seu foco continua sendo o Senhor.

“Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem meus passos. Pois tive inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios...” (Sl 73:2-3)

O mundo nos atrai – suas riquezas, a “vida boa”, sem dificuldades, só alegria; e não são poucos os que caem nessa armadilha. Até mesmo eu e você, nem que for por um lapso de tempo, já caímos nessa. E questionamos a Deus diretamente porque não somos prósperos, felizes, livres de problemas como o mundo é. A “gravidade” faz com que sejamos egoístas, pois só lembramos de nós quando somos atraídos, e não olhamos para as outras vidas, muito menos pra Deus. E essa é a verdade. Em nada agradamos ao Senhor, e em nada somos agradados. Aliás, só agradamos a Deus quando reconhecemos a estupidez de nosso coração. Não que seja errado pensarmos no melhor, amados, muito pelo contrário, é correto e totalmente aceitável à Deus (“Afinal, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? – Mt 7:11), mas isso é completamente diferente quando se trata de orgulho do coração.

“O dia todo sou afligido, sou castigado cada manhã... até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles” (Sl 73:14,17)

Sermos humildes e andarmos contra a gravidade é uma tarefa difícil, mas o Senhor nos segura com Sua mão direita (Sl 73:23). Creio no poder de Deus que abençoe de forma completa, e que termina tudo aquilo que começou na minha e na sua vida. Aguarde, confie – o mundo te afronta, mas podemos ver o fim deles!

Voe contra a gravidade! Vá alto!

“Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus. Pus o meu refúgio no Senhor Deus, anunciarei todas as tuas obras” (Sl 73:28)

Jef!!!